quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ritmos

Houve kizomba, assim bem pisadinho pede o Pedro, ritmo de um mundo que não conheço mas que me chega sensual, quente, saboroso até. Houve chachacha, o que eu gosto disto!, acelerado, volta, aberturas, o fun, os corpos que se tocam no ritmo certo que exige sorriso, dança para o par - sempre o Pedro, olha a senhora - insiste, e o ritmo traz-me a areia, a força das ondas, o gosto das caipirinhas, os sonhos possíveis nos oito dias de praia de cada ano. Depois a salsa. Um ritmo rápido, o corpo a libertar-se, os movimentos soltos, a música a invadir-me fazendo-se sangue quente.
Saio da escola de dança a rodopiar ainda no adro da velha Sé, quero lá saber se me vêem, e subo a Serra amando a vida, deixando para trás a cidade que adoro, sem ouvir a razão que insiste em lembrar-me que acabou o momento bom. Chego a casa com vontade de rir, de sonhar mesmo, e tomo duche com os kizombas latinos rodando alto no leitor. Encho a casa de ritmo, deixo a água lavar-me o corpo e evito que me inunde a alma. Gosto da minha alma assim: Carregada de energia, iludida talvez, vibrando ao ritmo da música de que tanto gosto.

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