terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

TENDINITE

Dói-me o pulso, o cotovelo, o braço, o ante-braço, o ombro, o pescoço e as costas. As costas naquele ponto crítico onde as mesmas mudam de nome. O osteopata garante que é uma tendinite, carrega na receita do gelo (ervilhas congeladas) e recomenda tranquilidade, nada de computador ou escrita, nada de stress ou chatices. Eu gemo e desobedeço.
Ou por mim mesma, tenho lá coragem para me encher de gelo com o frio que está!, ou porque a vida não dá folga, como posso não me chatear se o meu quotidiano profissional se tornou um inferno?!, não cumpro o prescrito e a dor aumenta.
A tendinite goza descaradamente comigo, mói-me, faz-me sentir infeliz, incomodada, velha de facto. Penso no PDI, daqui a pouco 49..., oiço as palavras do velho Garrinchas - sempre as minhas leituras - "75 anos, parecendo que não é um grande carrego..." já faltou mais. Trago Torga para junto de mim, deito-me com os Diários ao lado e deixo soltar-se o rio que me sufoca. Tenho saudades do que não vivi!
Estarei louca também ou será da tendinite?...

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