sexta-feira, 20 de julho de 2012

Monstros

Senta-se no meu colo, e pede histórias. Eu começo. Vou inventando, guiada pelas perguntas dele, e surge um leão que, como não sabia rugir, procurou a fada Azul. A fada vivia numa casinha feita de cereais, as janelas eram bolachas de chocolate e a campainha duas pintarolas que, gulosamente, o leão lambeu...E a fada nem se zangou, porque as fadas nunca se zangam. A magia vai crescendo, o Manel vai sugerindo novos passos. Agora o leão ja sabe rugir e, embora seja bonzinho, já é capaz de assustar os homens que o querem caçar. Vem depois um monstro, todo verde, e bate à porta da fada. "Oh avó, os monstros não batem à porta!" - Como vou ensinar ao meu neto que há monstros delicados?!

3 comentários:

  1. Só a Setôra para me fazer rir de manhã...
    O menino tem razão.
    Dantes havia-os, mas agora como estamos préviamente "educados"para os montros, estes já não metem medo a ninguém...quase sempre é só aparência e desfazem-se...

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  2. Quantos monstros não vestem a capa da falsidade?

    Quantos desses falsos não se arrogam de amigos?

    Quantos desses "amigos" não não são mais do que monstros falsos que se dizem amigos?

    Cumprimentos

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  3. Sim, até os monstros devem bater à porta e pedir licença para entrar, porque não se entra em casa alheia sem se fazer anunciar! Os monstros devem ser educados para que os meninos sigam o seu exemplo!
    Gostei muito deste post.
    Saudações
    Maria Eduardo

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