segunda-feira, 3 de março de 2014

A CAMELEIRA

À porta da minha casa, num canteiro que muito estimo, tinha duas cameleiras. As duas foram compradas pelo meu genro, num exercício de agricultura terna, e eu cuidava delas com carinho. A da direita, mais exposta ao sol que rareia, estava carregada de botões. Prometia uma Primavera, se ela chegar a existir, bem colorida e alegre. Sempre que entrava em casa olhava as minhas cameleiras, reparava na forma como os botões cresciam e engordavam até, e a minha alma animava-se. Acho que funcionava como um bálsamo para a minha existência... 
Hoje, quando sai de casa, vi que fui roubada! Alguém, um ladrão bandido, entrou na minha quintinha e roubou a cameleira da direita. Roubaram os botões por desabrochar, roubaram a minha alegria colorida a haver. Olho o vazio que ficou no meu quintal e experimento uma revolta furiosa. Quem será tão reles, tão mau (ou má), para roubar uma linda cameleira prenha de cor e alegria?!

5 comentários:

  1. Querida Sogra... Não queria acreditar que tivessem furtado a cameleira que lhe dei e plantei! Fico triste por saber que há gente tão má e mal formada, capaz de tal atitude vil e criminosa. Não quero que fique triste, foi essa a intenção do/a ladrão/ladra! Plantarei cem mais para a compensar e provar a essa gentalha que "a única luta que se perde é a que se abandona!"

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    1. António,
      Obrigada mesmo! ficou um vazio imenso, até dói! Beijinhos

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  2. Luisa, impossível consola-la pois ponho o caso em mim! Não se importe de desejar que a sua cameleira não pegue no jardim de quem lha roubou, pois não será pecado nenhum!

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    1. Eu desejo mesmo coisas piores a quem ma roubou...

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    2. Luisa, veja agora o aspeto positivo do sucedido, o saber que o seu genro António platará cem mais para a consolar da perda e, isso diz qq coisa!

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