sexta-feira, 7 de março de 2014

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

Lendo o português com açúcar de Jorge Amado, voltei à fábula linda do Gato Malhado e da andorinha Sinhá. É uma ternura construída na voz dos bichos que, vezes demais, é mais real do que a voz dos homens. É uma história que  amolece o meu coração amachucado e que tento sempre faça brilhar o olhar dos meus alunos. 
Dói-me fundo quando os oiço comentar que já não têm idade para histórias de bichinhos... Haverá uma idade para trancar o coração à poesia da ternura e do amor? Se há, eu quero morrer antes de lá chegar!

4 comentários:

  1. Luísa, o tempo dos seus alunos, dos meus netos rapazes e dos seus é o mundo dessas criaturas estranhas de Gormitis (nem sei bem se é assim que se escreve) das meninas pequenas felizmente ainda é o das fadas, com as adolescentes já volta a ser diferente, com a futilidade a imperar!
    Será que eles sabem/conhecem uma andorinha? Penso que alguns não!

    Quando nós os quatro éramos pequenos, que alegria sentíamos quando as primeiras andorinhas voavam no céu de Bragança! Para nós era a certeza da Primavera a chegar.

    Claro que li o conto que refere, que realmente é uma ternura. Vou dá-lo a ler à minha neta R.
    De qualquer das formas não desanime, talvez um dia mais tarde lhe aconteça como a mim. Uma aluna minha há uns tempos disse-me que uma aula que nunca mais esquecerá foi aquela em que lhes li o "Largo" de Manuel da Fonseca!

    p.s. Aqui em Miami apesar dos arranha-céu ouvi cantar passarinhos por entre as palmeiras!

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    1. Dalma, está em Miami? Que sorte!! Divirta-se!!

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    2. Sim, mas não dispenso ir espreitar o seu Blog, aliás é o único que por aqui leio, já que os poucos que tenho na minha lista de favoritos estão uma "seca" como diria o meu neto H.

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  2. Sabes porque dizem eles isso?? Porque não cresceram com o Peter Pan(como tu nos ensinaste!)

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