quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

BIS

E mais do mesmo. Amanhã volto à escola, ao confronto com a cobardia instalada, à violência intelectual a que um professor é, hoje, sujeito em Portugal. Indiferente ao cheiro do mar que ainda carrego na pele, sem ligar nenhuma aos meus sentires atribulados, a vida impõe-se na nulidade que a caracteriza. E amanhã eu vou falar de uma obra de que não gosto, vou falar de Blimunda, de D. Maria Ana, de Mulheres que, como eu, sentiram e amaram. Vou, de tarde, falar aos miúdos pequenos do 10º ano do fascínio do conto. Vou dizer-lhes da importância de ouvir e vou contar-lhes um conto de se ser. Só para exemplo... Vou continuar na minha luta (inglória??) para formar uma geração diferente. Mais crítica, mais verdadeira, mais intensa, mais real, mais justa e mais Humana. Perco esta guerra todos os dias mas, no fundo-fundo, ainda não perdi a esperança de ganhar algumas batalhas. Vitórias que leio nos olhares atentos, nas conversas boas depois da campainha, nos momentos de pausa nos corredores desagradáveis da velha Escola...

1 comentário:

  1. Também eu não perdi a esperança!! Venham mais olhares atentos e conversas boas, eu faço isso!
    Obrigado por lutar por nós!

    (Primeira pessoa a comentar o blogue... Pois, não é só testes, de facto!)

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