Em Portugal, é conhecida a frase, boa peça de Teatro aliás, "As árvores morrem de pé!". Aqui, isso não é verdade. Esta árvore velha, cansada, deitou-se e morreu, quero eu crer. Possivelmente, a árvore cansou-se da sua existência, ou da indiferença com que era olhada, ou simplesmente apeteceu-lhe sossegar e deitou os ramos. Apetecia-me fazer como a velha árvore. Encostar-me, deixar que me levassem sem sentir, nem sentires, e que me reciclassem, depois, em qualquer coisa mais fácil, menos dolorosa do que viver. A velha árvore está juntinho ao King's College. Deve ter ouvido e aprendido muita coisa mas, mesmo assim, acabou um dia. Eu não sei nada, sinto demais, e, hoje, apetecia-me também desistir e encostar os ramos. Queria a compreensão da vida, a ternura de um beijo, um silêncio feito verdade, um abraço feito cumplicidade.
...Mas a vida é para se cumprrir, porque nos foi dada. E se temos saúde,devemos avaliá-la e saboreá-la com atenção...devemos moldar-nos nela como se fosse o nosso edredon preferido, o mais usado,o mais molinho.
ResponderEliminarEntão se há filhos e netos e emprego, ora aí está a prova da nossa missão cá na terra...a causa de: "por tudo",o "por que sim" de estar cá, da alegria, do ânimo mesmo em dias maus...
Essa árvore deve ter estudado muito no colégio, mas coitada, deixou-se morrer deitada porque não tinha alma, não tinha espírito, nem pensava...
E nem tinha o dom da escrita!!!