domingo, 6 de junho de 2010

Leiria


Por motivos profissionais, passei dois dias em Leiria. Olhei o castelo e imaginei D. Dinis, o tal que dizem que fez tudo quanto quis, ali no alto do monte, rabujando com a mulher que insistia em dar de comer aos pobres. Pensei que, afinal, na essência pouco mudou... Hoje, também há quem faça tudo quanto quer (sem sequer ter a desculpa da real gana, que numa República não há dessas coisas...), também há quem passe fome - MUITA FOME! - e também há quem se veja aflito, e perseguido, por querer ajudar os outros. Em Leiria, quase desejei o regresso de D. Dinis. Pelo menos, era poeta. E artista!!!

1 comentário:

  1. Ao que parece este famoso rei português não teria sido exactamente um poço de santidade.
    Segundo os cronistas de várias mulheres teve D. Dinis os seguintes filhos:

    D. Pedro Afonso, nasceu ao redor de 1280; foi conde de Barcelos; morreu em Lalim, c. 1354);
    D. Afonso Sanches, nasceu 1288; morreu em Vila do Conde, 1329. Filho de Aldonça Rodrigues Telha, foi senhor de Albuquerque em Castela; jaz no Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde;
    D. Pedro Afonso, nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Maria Mendes, crendo-se que foi sepultado na Capela de Santa Isabel da Sé de Lisboa;
    D. João Afonso, nasceu em data incerta; degolado em 4 de Junho de 1325. Filho de D. Maria Pires, «huma boa dona do Porto de Gança»; foi legitimado a 13 de Abril de 1317; foi senhor de Lousã a Arouce; casou com D. Joana Ponce, de família asturiana;
    D. Fernão Sanches, que nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Froilhe Anes de Besteiros;
    D. Maria Afonso, nasceu e morreu em data incerta. Filha de D. Marinha Gomes, mulher nobre de Lisboa; casou com D. João de Lacerda, fidalgo castelhano;
    D. Maria Afonso, nasceu em data incerta; morreu em 1320. Foi religiosa no Convento de Odivelas, tendo deixado fama de santidade.

    Enfim: uma máquina!

    MFonseca

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