terça-feira, 28 de agosto de 2012

Veuve Clicquot

Chegaram cedo, hora da bica se fosse em Portugal, largaram a correr a mala no Hotel e, de mãos dadas, correram ao Centro. Bruxelas era uma cidade conhecida mas, ainda assim, para ela sempre envolvente e empolgante. Lembrava a primeira visita, os morangos com chocolate na Grand Place, as caminhadas à procura do pequenino boneco de pilinha de fora, a rua sem saída onde uma menina faz também o seu xixi. Da primeira vez, tinham aproveitado bem a facilidade de transportes e Bruges e Antuérpia foram destinos escolhidos. Hoje, não. Os dois haviam escolhido Bruxelas apenas porque a ela encantava o ambiente intenso, a magia das ruas, os cheiros gelados e os enormes arranjos de flores por todo o lado. Ele alinhara. Que interessava o destino desde que ela lhe desse o braço? À noite, com um casaco confortável e ela festejando o facto de poder voltar a calçar botas - sempre detestara o calor - rumaram à rue des Bouchers. O inevitável tacho cheio de moules veio para a mesa e ele impediu o pedido dela. Não, Kriek Framboise, hoje, não. Hoje, noite de fantasia e sonho, só Veuve Clicquot!

1 comentário:

  1. Ou Dom Perignon! Talvez este, mais suave, de bolha mais fina, persistente e significativamente mais "à la page".

    Em Bruxelas a fantasia c'est le chocolat aux fraises avec Dom Perignon!

    Salut!

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