quarta-feira, 16 de junho de 2010

Exame

Começaram, hoje, os exames de 12º ano, e português marcou o arranque. Os alunos compareceram, entre ansiosos e seguros, encontrando, felizmente, uma prova fácil. Eu vi-os a caminho da escola, hoje não podia eu estar de serviço..., e achei que os professores estavam mais nervosos do que eles. É que dos resultados dos alunos vão tirar-se ilações, quanto a mim erradas, sobre o valor dos professores. Se os meninos tiverem boas notas, os professores serão tidos como bons; se os meninos falharem, os professores serão classificados de incompetentes. Assim, tout court. Sem se pensar na formação das turmas, sem se analisar a escolha das turmas modelo por alguns professores, sem se avaliar o trabalho realizado, muitas vezes, ao longo de três anos. Tudo se reduz a um momento, a um exame que é, sempre, condicionado por tantas (e tão diversas) contingências.
Eu, que sempre quis ser Professora, que adoro os meus alunos, que tenho gosto em preparar aulas e em dinamizá-las, desejo, hoje, arranjar uma outra profissão! de preferência, longe deste Portugal!

2 comentários:

  1. " Partindo da perspectiva exposta no excerto abaixo transcrito, apresente uma reflexão sobre a viagem
    como possibilidade de descoberta do outro e, também, de si mesmo.
    «Apoderou-se de mim uma fúria de viajar. Mas acima de tudo queria voltar à Grécia, que foi
    para mim o deslumbramento inteiro e puro e onde me senti livre e com asas.» "

    Se a tivesse escrito diria que viajar, neste momento, é a solução para a deturpação do indivíduo e da sua relação em comunidade. Só enfatizava que esta solução só era efectiva se funcionasse numa "viagem com bilhete só de ida".

    Eheheheh x)

    Força ! És das melhores professoras que conheço... =)

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  2. É de facto uma vergonha!! Está coberta de razão!

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