terça-feira, 16 de outubro de 2018

ESTE PAÍS QUE ME CHATEIA

Eu estou tão desiludida com o meu país! Onde está aquele espaço de aventureiros, de gente ousada mais que todas, de paisagens diversas e belas, de diversidade e harmonia? Onde estão as certezas de possíveis que, enquanto jovem, me venderam como certas? O que fizeram com a liberdade que anunciaram ter sido conquistada? Onde moram os poetas da diferença e da originalidade?
Este país, este Portugal de hoje, revolta-me, humilha-me, indigna-me, chateia-me! 
Não gosto de um país, que é o meu, onde as assimetrias não param de aumentar, onde se trabalha demais para se ter de menos, onde se pagam impostos sufocantes de potencial qualidade de vida. Não gosto deste país de arbitrariedades, que insiste em decidir o que entende dever ser bom para mim sem respeitar as minhas opções. Não gosto deste país de imitação, feito, cada vez mais, de ideias pré-concebidas, de normalizações do absurdo! 
Não gosto do meu país de mentirosos e vendedores de falsidade!
Ah! Eu queria um país livre! Um país que valorizasse a individualidade, que fomentasse a igualdade de oportunidades, que permitisse escolhas individuais e práticas de bem-estar e prazer.
O meu país é infeliz. 
O meu país faz-me infeliz! E eu não gosto de ser infeliz!  

4 comentários:

  1. Luísa, e onde estará esse país que satisfaria a sua utopia?

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  2. Dalma, esse é o país a haver... O país que nós, portugueses, devíamos conseguir construir! Sonhos.

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  3. "Ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country." Palavras sábias e intemporais do Presidente John F. Kennedy, sobre as quais devemos jiboiar, reflectindo. Em todo caso, à face desta terra, duvido que, somando tudo, encontrará nação melhor que esta... Procuremos antes uma civilização melhor, perseguindo uma utopia até ao fim dos nossos dias, mesmo sabendo que nunca iremos alcançar essa utopia, quanto muito talvez tenhamos hipótese de lá chegar perto. Isto faz-lhe sentido?

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