sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A entrevista

Decidi, contra a força da minha desilusão e vontade de fuga, assistir à entrevista do primeiro ministro, ontem ao serão. Fiquei estarrecida! Acredito que o senhor está convencido da sua verdade, que não é vigarista nem aldrabão, mas que é um obcecado teimoso! Insiste em reduzir salários, insiste em subir impostos e, perante as mil evidências dos erros que comete, fala em futuro. Lá para 2015... Este senhor não saberá que a vida não pode ser congelada e que o tempo é inexorável?! Ouvi-o com medo até! Não teme manifestações, não teme opiniões contrárias, não teme a miséria crescente. Este senhor vive noutra dimensão, noutra realidade decerto...Porque, na verdade,  a vida dos portugueses, faz-se de muita contenção, de muito sofrimento, de imensa insegurança e desespero!
Valerá o acordo com a Troika que se sacrifiquem duas gerações de portugueses? Não creio. Como não posso crer que tantos políticos não sejam capazes de encontrar outras formas de reduzir a despesa que, desde já, podia passar por reduzir para metade os deputados, vender a frota automóvel de alta cilindrada ende as excelências se deslocam em nome do estado, reduzir em 80% os assessores, fomentar a criação de empresas e de postos de trabalho com isenções de impostos... Há tanta possibilidade!
Pessoalmente, não acredito no sucesso de medidas centradas na injustiça e na caça aos ricos. Se não houver riqueza, o que será de nós? Eu, sinceramente, gostava mais de ser rica do que pobre, e ficaria muito mais feliz se o meu país me permitisse criar riqueza em vez de me condenar a ser miserável!

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