sexta-feira, 7 de setembro de 2012

E Agora?

Começou o novo ano lectivo, com muitos problemas e dificuldades. Nos Media fala-se dos direitos dos professores (existem?), fala-se de turmas enormes, de horários absurdos, de metas que não se adequam aos programas, de nomenclaturas diferentes para a mesma realidade, de avaliação, de objectivos, etc.
De acordo com o senhor ministro, não interessam competências e é importante valorizar o SABER. Eu, humildemente, pergunto para que serve, por exemplo, saber de cor a tabuada ou o alfabeto se não se for capaz de fazer contas ou escrever textos...
O senhor ministro sabe que, graças às famosas obras da PARQUE ESCOLAR as escolas, mesmo as pequeninas, pagam rendas mensais que chegam aos 50 mil euros (cinquenta mil!!) ficando sem dinheiro para nada mais? O senhor ministro terá noção das assimetrias? Será que já parou um minuto para pensar no que separa a oferta cultural do litoral para o interior? Terá noção de que o ensino obrigatório (que eu defendo!) não é o mesmo para todos os jovens portugueses? Saberá que jovens com necessidades educativas especiais necessitam - exactamente - de acompanhamento especial e não "mais do mesmo"?
 
Vou voltar a olhar os meus alunos com um misto de ansiedade e esperança. Mas, este ano, a ansiedade, a frustração, ultrapassam o entusiasmo que sempre experimento quando começa o ano. E não são os direitos dos professores o que mais me aflige. São os direitos dos alunos!

2 comentários:

  1. As pessoas ignoram a maioria desses problemas, que são bem graves!
    Mas quero ver-te animada minha querida amiga!

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  2. O Home num vê é nada...nem quer ver, porque toda a gente vê, ele também devia vislumbrar qualquer coisa!
    Será que é somente um reflexo do Relvas?
    Estamos lixados, pois já vimos o que tem dentro o sô Relvas...
    Mesmo assim, eu penso que Crato tem qualquer coisa dentro, pode ser que se lembre ainda dos professores e alunos...

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