sábado, 29 de setembro de 2012

O MAPA

No teu corpo fui Magalhães. Atravessei oceanos, uni continentes, pisei desertos. Pela tua mão, nos sulcos do teu tronco, conheci a América, calcorreei a Austrália e adormeci a Europa. Juntos fomos a euforia nova iorquina, os dois fomos o café forte da ilha do Princípe, um só aquecemos o mar do norte...
Num corpo único navegámos pelo índico e foste o ferro lançado nas profundezas dos meus sentires.
Sei que sou sargaços, só. Mas em ti desenhei novos continentes, pintando de cores quentes as fronteiras da sensação. Há, agora, um mapa novo onde procuro caminhos. Um mar de ilhas possíveis, de oásis reais e de florestas iluminadas.

1 comentário:

  1. Isto não é prosa, é poesia, é sentimento, é nostalgia que, mesmo sem o ser, imprime saudade, desejo, vivência e realidade...

    Bjs

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