quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Carpe Diem

A caminho do trabalho, onde chego com a alma cada vez mais encolhida, vou olhando o cenário que integro. As cores de Outono rimam com a minha emoção, com a minha idade também, e sinto o olhar estupidamente húmido. Há, no meu caminho, tapetes fofos de folhas amarelas e vermelhas e eu penso como é estranho, absurdo, o facto de pisar no macio e sentir a dureza dos caminhos.
Este ano de 2018, finalmente a caminhar para o fim, tem-se tecido de profundas desilusões profissionais, de revoltas caladas (mais ou menos), de angústias excessivamente solitárias. Dir-me-ão que é assim a vida, que acontece a todos. Mas eu não aprendi (ainda) a aceitar tranquilamente o absurdo. Carpe diem, só Reis. Exactamente por nunca ter existido...

Sem comentários:

Enviar um comentário