"O mar enrola na areia, ninguém sabe o que ele diz"... é um verso de uma canção que ouvia na infância e que, hoje, insiste em ecoar na minha cabeça. Deve ser este sol fora de tempo, o desejo de olhar o mar e caminhar na areia, talvez a certeza de que, por muito que se diga, se escreva, se grite, sempre haverá quem não oiça, ou não compreenda, o que dizemos.
Neste mundo meio louco, cada vez parece ser mais difícil comunicar, tornar comuns ideias e opiniões. Por isso, hoje antecipo a minha chegada junto ao mar para, com os pés na areia e ainda longe da agitação do Verão, poder partilhar com as ondas a incompreensão do que oiço, a tristeza pela incompreensão do que digo.
Felizmente, é sábado e posso ir cheirar o mar que embalou os sonhos dos portugueses de outrora.
Luísa, como com certeza já viu estamos com os pés na praia, só que eu não gosto de areia, logo é-me difícil ir até à água, mesmo sendo ela mais quente que a nossa! Fico-me pela amurada a contemplar esta água turquesa e de olho na minha companhia, que essa sim adora caminhar na areia molhada. Enfim eu sinto-me de sequeiro pois afinal é no Alentejo que tenho passado a maior parte da minha vida! Bom fim de semana... cheirando a maresia!
ResponderEliminarAqui o mar não cheira :((
Vem até cá! O mar já está cheio de pezinhos a molharem-se! Às vezes bem me apetece.... Até breve! beios
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