domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Páscoa



O sol, que este ano tem andado tão arisco, surgiu hoje, tímido embora, marcando a Festa da Páscoa. Na minha cerejeira, ainda despida, surgiram as primeiras flores!
Levantei-me com muita preguiça, pouca vontade de cumprir rotinas, com um imenso desejo de romper impossíveis e ir para longe. Muito longe...
Como sempre, neste dia, fui à Missa na Igreja linda, barroca, onde sempre sinto esmagar-me tanta beleza. Com a concentração possível, a que os meus sentires permitem (pouca...), ouvi o Senhor Padre Nuno, voz rouca e sonora, e deixei-me ir nas histórias puras que contou. Repetiu o óbvio, o que todos sabemos, a Páscoa-Passagem, a necessidade de reencontrarmos um sentido para além da existência. Mas eu, que sinto agora ter encontrado um sentido verdadeiro para a minha existência, não quero a tristeza sacrificada que ele apregoou.
Para mim, Jesus morreu, e ressuscitou, precisamente para nos dizer que há novas oportunidades, que vale a pena acreditar na Vida, que devemos lutar por aquilo que queremos com força, com verdade, sem adiamentos que podem, muitas vezes, ser desistências e abandonos!
Hoje, com um sol lindo, não me apetece alinhar no espírito de submissão e aceitação passiva que, às vezes, a minha Igreja apregoa. Hoje, quando já não tenho filhas pequeninas para quem esconder os ovos da Páscoa, sinto uma fé intensa no sentido da vida. Creio que a Páscoa deve ser, ou deveria ser..., a passagem para o Amor. Verdadeiro, íntegro, total.

2 comentários:

  1. Mãe, não escondeste os ovos e nós não o procurámos. Mas foi uma tarde bem passada: compras!!!
    HEHE
    Beijos

    ResponderEliminar
  2. De facto, um lindo dia o de hoje…
    Levantei-me de madrugada às onze e entornei pela goela abaixo um bom litro de água da Fonte do Registo! O fígado agradeceu. Depois…

    Cerca das 13H00 sentei-me à mesa e, servido por uma bela Moldova, iniciei meu repasto com dois pratos de sarapatel. Seguiu-se o tradicional anho!

    Assado num forno de lenha ali para os lados das Carreiras devo ter mastigado e engolido cerca de dois quilos de pernas, mãos e costelas laterais. Estava cheio de fome, confesso.
    Entrementes uma garrafosa Tapada do Chaves – 2005 tinha sido posta a arejar para que a goela estivesse suficientemente oleada e cumprisse majestosamente a sua função!

    Como bom português do norte não me faltou no final um belíssimo prato de arroz-doce que estava uma maravilha.

    Na minha atribulada vida tenho sido alvo das maiores calunias e difamações. Mas, até hoje, nunca fui criticado fosse por quem fosse de não cumprir rigorosamente os bons costumes do povo Português.

    MFonseca

    ResponderEliminar