segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A ESCOLA

Daqui a um bocadinho, as crianças, jovens e muitos adultos portugueses vão voltar à escola. Com certeza, há hoje insónias, ansiedades várias, esperanças, promessas de desalento já. Como professora, o ano novo para mim começa agora e não no dia 1 de janeiro e, por isso, este é o tempo de fazer os meus projetos.
Acredito, mesmo, na Escola pública em Portugal. Conheço-a por dentro há 35 anos e sei que tem evoluído, que se tem feito de muita melhoria. No etanto, e porque a vida é mesmo assim, sei também que há muito para fazer... Sem dúvida, os Decretos-lei nºs 54 e 55 vieram facilitar à Escola a efetivação da transformação de práticas mas vieram também, simultaneamente, exigir um novo paradig educativo que, naturalmente, não é ainda assumido nem desejado por todos. Como o secretário de estado da educação não se cansa de dizer, "a autonomia não é um decreto. É um processo" Mas, apetece-me a mim acrescentar, por ser processo tem de se socorrer do gerúndio e não pode ficar apenas na Lei. Este é o ano de ir fazendo: - Ir modificando a sala de aula, desenvolvendo estratégias que permitam a cada aluno desenvolver as competências enunciadas no documento perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, ao seu ritmo; ir compreendendo que NEE significa apenas Nova Era na Educação e, por isso, não é mais necessário sinalizar, referenciar, cadastrar alunos; ir transformando os critérios de educação em suportes (andaimes) para a aprendizagem, e não como seriadores de pessoas; ir transformando cada escola num lugar onde há redes que suportam o sucesso de cada um! 
Este ano, é o ano da transformação mais profunda. A transformação que nunca aconteceu porque nunca, como agora, foi dito a acada escola que, no respeito pela sua identidade, construa o seu processo de sucesso.
Este ano, eu tenho mais orgulho ainda em ser professora! 

1 comentário:

  1. Luísa, vem aí muito trabalho pela frente, mas não se diz que “o caminho se faz caminhando?”
    Boa sorte
    Dalma

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