segunda-feira, 3 de setembro de 2018

REGRESSO


Este ano voltar às aulas não devia ter re. Não devia ser uma repetição de rotinas, não devia ser mais do mesmo, não devia iniciar-se com os professores a lamentarem o malfadado 942. Este ano, devia ser o ano da transformação, do fazer diferente.
2018/19 é um ano que pode ser marcante, decisivo mesmo, na construção de uma Escola diferente, mais equitativa, mais fazedora de gente feliz.
Não, eu não gosto do PS. Não gosto deste governo, não confio na maioria dos nossos dirigentes. Mas eu confio no projeto para a educação, porque eu sei – cum saber de experiência feito – que a Escola que temos não serve o mundo de hoje, não promove sucesso e não contribui para minimizar as graves (e tristes) injustiças sociais deste país que é o meu.
Este ano, cada escola vai poder olhar-se e reorganizar-se. É o tempo em que NEE deixará de significar Necessidades Educativas Especiais para significar Nova Era na Educação. Porque todos, e cada um, temos necessidade específicas de aprendizagem!  
É o tempo de criar aulas dinâmicas, de colocar a tónica na aprendizagem!
Este ano, os alunos vão ter oportunidade – espero eu… - de aplicar os conhecimentos teóricos em tarefas práticas (estão aí os DAC), de construir sentidos para o tempo (tanto) que passam na escola, que gastam na sala de aula.
Acredito que os novos diplomas legais abrem uma porta enorme! Uma porta por onde, para além do sonho, pode entrar a transformação de práticas.
Sei, claro!, que nem tudo é perfeito. Os professores foram colocados tardiamente, há um forte desconhecimento do que os documentos legais preconizam, há uma profunda resistência à mudança, há a nacional máxima pessimista de que nada é possível e vai ficar tudo na mesma…  Mas eu quero acreditar que em cada escola, em cada agrupamento, haverá um núcleo de professores que acredita, que quer uma Escola nova e feita de sucessos e de pessoas.
Talvez eu venha a desiludir-me, como tantas outras vezes, mas farei TUDO o que puder para que a transformação seja visível e generalizada!

2 comentários:

  1. Acho que eu havia de gostar de ser professora nessa Nova Escola!
    Dalma

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  2. O ideal, às vezes, não é o mais real… Mas o sonho, o desejo, o investimento, a dedicação, o empenho… tudo em conjugação e sintonia levam-nos lá, muito próximo desse ideal

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