quarta-feira, 13 de maio de 2020

13 de MAIO

Dia de Nossa Senhora, de fé, de oração, de peregrinação. Na minha fé frágil demais, na minha prática cristã cheia de imperfeições, penso muito em Nossa Senhora. Penso na Mãe, na Mulher, nas mulheres que, neste mundo aparentemente tão desenvolvido, continuam, juntamente com as crianças, a ser os elos mais fracos. Não creio que seja preciso ir a Fátima, embora compreenda que haja quem precise de lá ir, para assinalar o 13 de Maio. Afinal, a nossa vida é, em si mesma, uma peregrinação constante. 
Passei momentos de não fé. A  irreverência da juventude, aquela idade em que julgamos tudo saber, afastou-me da religião. Não de Deus. Mais velha, e assumidamente por necessidade de amparo, voltei à prática que aprendi em pequenina. Hoje, já velhota, Cristo é o meu maior Amigo e, nas muitas conversas silenciosas que temos, sei que me escuta e ajuda. 
Hoje, este ano, tinha pensado ir a Fátima. Queria estar em comunidade, queria estar presente naquele lugar que carrega sempre uma energia especial. Veio o Covid-19, a pandemia, o confinamento e fiquei em casa. A minha solidão é maior ainda. No silêncio, penso em Nossa Senhora e sinto que ser livre é, muitas vezes, aceitar sem compreender.
13 de Maio. 

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