Há muito tempo já que não ía ao Norte, ao verde Minho onde os meus netos crescem. Aproveitando uma certa abertura nas medidas de confinamento, fiz-me à estrada. É bom viajar com pouco movimento, cansa menos, os quilómetros gastam-se mais depressa.
Gosto do Minho.
Da exuberância de verdes, da muita água que escorre por todos os lados. Desta vez, aproveitando para fazer caminhadas, fui à foz do Vez,
ao lugar onde ele abraça o Lima, no meio de arvoredo intenso e com uma orquestra de rãs. É bom caminhar perto da água, mais fresco, caminhos planos e os olhos sem nunca se cansarem da diversidade da paisagem. Os meus netos, corajosos, tomaram banho no rio mas, para os meu ossos, a água estava fria demais.
Embora ache o Minho lindíssimo, prefiro a beleza agreste do Alentejo. As pessoas também.Estranhamente, no Norte tenho sempre a sensação de não estar em Portugal e as pessoas soam-me estranhas.
Voltei, numa viagem tranquila, e senti-me acarinhada pelo meu mundinho.
Sim, Torga tinha razão. O mito de Anteu faz muito sentido!
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