sexta-feira, 29 de maio de 2020

O ERRO

No meu trabalho, na minha tentativa  constante de, de alguma forma, e sem pretensiosismo, ajudar a transformar a Escola num lugar de aprendizagens plurais e significativas, falo muito do erro. O erro, defendo, não deve ser eliminado, nem banido, da aprendizagem. É preciso errar, para aprender; é preciso treinar, fazer e refazer, para melhorar. Não gosto que os meus alunos usem borracha, precisamente porque não acho que o erro deva ser penalizador. Obviamente, errar não é acertar, mas é fazer caminho. Gosto que eles possam o olhar o erro e confrontarem-nos com o progresso, como o não erro. Costumo pedir-lhes que refaçam as tarefas para, exactamente, tomarem consciência do progresso feito.
E, hoje, tenho pensado que, na vida, também devia ser assim. Fazemos, eu faço, erros enormes na vida, mas não devemos pretender esquecer. Pelo contrário, cada erro pode ser uma aprendizagem e cada lágrima, ou muitas lágrimas, pode ser o processo de purificação rumo a algo melhor.
Quando a noite cai e a solidão me abraça, gostava de acreditar no que eu mesma penso e defendo.


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