quinta-feira, 14 de maio de 2020

MÁ LÍNGUA

O hábito de falar da vida dos outros, infelizmente, resiste ao Covid-19. Dizem-me, muitas vezes, que é um comportamento das gentes de Portalegre mas eu, que sou lagóia de alma e coração, não concordo e penso que é, mesmo, um vício (muito feio) da humanidade. Em Portalegre, talvez por sermos cada vez menos e o quotidiano não ser pródigo em acontecimentos, nota-se mais. 
Incomoda-me este vício, esta prática alargada. Incomoda-me a facilidade com que se critica, se formulam juízos de valor, se insultam por vezes, realidades, e pessoas, que nem se conhecem. Pior ainda, creio eu, quando essa crítica cruel e falsa vem sob a forma de anonimato, em cartas não assinadas. E, hoje, é por causa da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre que a minha indignação cresce. Quem não está lá, critica, opina, ofende, condena. Baseado em quê? No ouvi dizer e no parece-me. Que tristeza!
Cito Sophia "Perdoai-lhes, Senhor porque eles sabem o que fazem!"

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